quarta-feira, 18 de março de 2009

Relação entre irmãos


A relação entre irmãos é muito influenciada pelas expectativas que a família tem acerca das características, competências e capacidades de cada uma das crianças.
A rivalidade parece ser quase uma constante que marca a relação entre irmãos. Apesar da competitividade e ciúme entre irmãos ser frequente, não há dúvida que este tipo de relação é uma importante fonte de aprendizagem e de treino de relações entre iguais. É nestas relações que se desenvolvem não apenas sentimentos de competição, mas também de solidariedade. Além disto, a presença do irmão pode ser importante no processo de separação e construção da autonomia por parte dos filhos e também por parte dos pais.
Os irmãos podem ser uma fonte de ajuda preciosa no desenvolvimento de competências de negociação e cooperação e, para que tal aconteça, é fundamental os pais não se envolverem demasiado nas relações fraternais.

Como é que os pais devem intervir?
- Quando as crianças são novas, os pais têm de ter uma intervenção mais activa na resolução de conflitos, ajudando-as a praticar sentimentos de solidariedade e competição.
-À medida que os filhos vão crescendo os pais têm de se ir afastando para que os filhos aprendam a resolver os seus problemas e conflitos. Ensinar-lhes os passos que é necessário seguir para resolver conflitos pode ser uma boa estratégia, pois eles não nasceram com conhecimentos neste âmbito.

Assim é importante que eles compreendam que a resolução de conflitos implica quatro etapas: clarificar o problema, escutar activamente o outro, procurar diferentes soluções e por fim escolher a melhor. Quando as soluções são encontradas por eles a cooperação é maior. Também é importante que os pais resolvam os seus conflitos sem agressividade e com espírito de cooperação, pois é muito provável que os filhos os imitem.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O Tabaco

O tabaco é nome comum dado às plantas do género Nicotina, originário da América do Sul. Os povos indígenas da América acreditavam que o tabaco tinha poderes medicinais e usavam-no em cerimónias.Foi trazido para a Europa pelos espanhóis, no início do século XVI. Era mascado, ou então aspirado sob a forma de rapé (depois de secar as suas folhas). O corsário Sir Francis Drake foi o responsável pela introdução do tabaco em Inglaterra em 1585, mas o uso de cachimbo só se generalizou graças a outro navegador, Sir Walter Raleigh.
Um diplomata francês, de nome Jean Nicot (de onde deriva o nome da nicotina) aspirava o rapé moído e percebeu que este aliviava as suas enxaquecas. Desta forma, enviou uma certa quantidade para que a então rainha de França, Catarina de Médicis, experimentasse. Neste ponto, a finalidade terapêutica original do tabaco já havia perdido o seu lugar nas sociedades civilizadas para o hábito de fumar por prazer. Embora o uso do cigarro tenha tomado enormes proporções a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi apenas em 1960 que foram publicados os primeiros relatos científicos que relacionavam o cigarro ao adoecimento do fumador. Pesquisas de âmbito mundial a respeito dos perigos do tabagismo são bastante divulgadas, não dando espaço para dúvidas ou más interpretações. Tal como os fumadores têm a sua saúde prejudicada, aqueles que os rodeiam também, ainda que estes não fumem “directamente”.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira é fumadora. A OMS também estima que, em países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser atribuídas ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo é uma importante causa de morte prematura em todo o mundo.

Como podem ver, o cancro do pulmão está fortemente ligado ao consumo de tabaco.

A partir do ano 1900 o número de cigarros fumados por uma pessoa durante um ano aumentou vertiginosamente, assim como o número de mortes provocadas por cancro do pulmão.






O tabaco, ao todo, é composto por:
Alcatrões;
Nicotina;
Monóxido de carbono;
Nicotina – Substância que causa dependência ao tabaco. É considerada uma droga pela OMS e consegue chegar ao cérebro poucos segundos após a inalação do fumo.
Monóxido de Carbono é uma substância que se fixa à hemoglobina existente nos glóbulos vermelhos, formando um composto que dificulta o oxigénio do sangue, tornando difícil o acesso do oxigénio em alguns órgãos.
Alcatrão é composto por várias substâncias tóxicas e um dos principais causadores dos cancros associados ao consumo do tabaco.

Porque é que o tabaco prejudica a saúde?
O tabaco é prejudicial à saúde porque contém muitas substâncias que o tornam tóxico e que provocam ou contribuem para várias doenças no Homem, principalmente ao nível dos sistemas respiratório e circulatório.
Os efeitos da Nicotina e a exposição a longo prazo a outros compostos no fumo, como monóxido de carbono, cianeto, e outros provocam estragos no tecido arterial do pulmão, e acredita-se que seja responsável pelos problemas cardiovasculares e sobre o sistema nervoso. Os fumadores têm em média menos 10 anos de vida do que os não fumadores. Isto porque as substâncias absorvidas destroem alguns órgãos importantes ao mesmo tempo que fragilizam o organismo em relação a vírus e a doenças oportunistas.
Os jovens que já experimentaram tabaco bem como os consumidores regulares afirmam-se menos felizes e referem com maior frequência sintomas de mal-estar físico e psicológico, referem em geral uma alimentação menos saudável e um maior desagrado com a imagem do seu corpo, com uma maior referência a comportamentos de dieta.
É de salientar que tanto os jovens que já experimentavam, como os consumidores regulares apresentam um perfil de afastamento em relação aos colegas em ambiente escolar, mas um maior convívio com os amigos fora das horas da escola. Os alunos que não fumam são os que mais frequentemente referem não ser aceites como são.

Agricultura orgânica



Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado para a produção de alimentos e produtos animais e vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior à de alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP - National Organic Program), o Japão (JAS - Japan Agricultural Standard), a Suíça (Bio Suisse), a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália (AOS - Australian Organic Standard / ACO - Australian Certified Organic) e o Brasil (Pró Orgânico - Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica [→ IN007]), a agricultura orgânica é definida por lei e regulamentada pelo governo. Sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes, agros tóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Esse sistema pressupõe a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar as suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Drogas

O que são drogas?

Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo, modifica as suas funções. As drogas naturais são obtidas a partir de determinadas plantas, animais e alguns minerais. Por exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (da papoila) e o THC tetrahidrocanabiol (da cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

Drogas

Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas incluem:

Recreação;
Problemas pessoais e sociais;
Influência de amigos, traficantes assim como da sociedade e publicidade de fabricantes de drogas lícitas;
Sensação imediata de prazer que produzem;
A facilidade de acesso e obtenção;
Desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as ansiedades;
Fuga;
Estimular;
Acalmar;
Ficar acordado ou dormir profundamente;
Emagrecer ou engordar;
Esquecer ou memorizar;
Fugir ou enfrentar;
Inebriar;
Inspirar;
Fortalecer;
Aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
Aguentar situações difíceis, privações e carências;
Encontrar novas sensações, novas satisfações;
Força do hábito;
Ritual;
Auto conhecimento, principalmente pelos psiconautas

Tipos:

· Depressivas - aumentam a frequência cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro.
Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, catamina, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, maconha, haxixe, etc.
· Psicodistropticas ou alucinógenarias – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau.
Exemplos: Ayahuasca, cogumelos, skunk LSD, psilocibina e chá de cogumelo.
· Psicotrópicas ou estimulantes - produzem aumento da actividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos activados.
Exemplos: cocaína, crack, cafeína teobromina, MDMA ou ecstasy, GHB, metanfetamina, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.

Obesidade

Impacto na saúde

Um grande número de condições médicas e psicológicas está associado à obesidade. São categorizadas como sendo originadas por aumento da massa de gordura (osteoartrite, apnéia do sono obstrutiva e estigma social) ou pelo aumento no número de células adiposas (diabetes, câncer, doença cardiovascular e hepatite).

Tratamento

O principal tratamento para a obesidade é a redução da gordura corporal por meio de adequação da dieta e aumento do exercício físico. Programas de dieta e exercício produzem perda media de aproximadamente 8% da massa total (excluindo os que não concluem os programas). Nem todos ficam satisfeitos com esses resultados, mas até a perda de 5% da massa pode contribuir significativamente para a saúde.
Mais difícil do que perder peso, é manter o peso reduzido. Entre oitenta e cinco e noventa e cinco por cento, daqueles que perdem 10% ou mais de sua massa corporal, recuperam todo o peso perdido em dois a cinco anos. O corpo tem sistemas que mantêm sua homeostase em certos pontos fixos, incluindo peso.
Existem cinco recomendações para o tratamento clínico da obesidade:
Pessoas com IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30 devem ser iniciadas num programa de dieta de redução calórica, exercício e outras intervenções comportamentais e estabelecer objectivos realistas de perda de peso.
Se os objectivos não forem alcançados, terapia farmacêutica pode ser oferecida. O paciente deve ser informado da possibilidade de efeitos colaterais e da inexistência de dados sobre a segurança e eficácia de tais medicamentos no longo prazo.
Terapia farmacêutica pode incluir sibutramina, orlistat, fentermina, dietilpropiona, fluoxetina e bupropiona. Para casos mais severos de obesidade, medicamentos mais fortes como anfetaminas e metanfetaminas podem ser usadas selectivamente (somente após consulta prévia ao seu medico responsável)
Pacientes com IMC acima de 40 que não alcançam seus objectivos de perda de peso (com ou sem medicamentos) e que desenvolvem outras condições derivadas da obesidade, podem receber indicação para realizarem cirurgia bariátrica. O paciente deve ser informado dos riscos e potenciais complicações.
Nesses casos, a cirurgia deve ser realizada em centros que realizam grande número desses procedimentos já que as evidências indicam que pacientes de cirurgiões que os realizam com frequência tendem a ter menos complicações no pós-cirúrgico.
Enquanto a obesidade tem diversas implicações para a saúde, o sobrepeso não está associado a um aumento na taxa de mortalidade ou morbidade.